domingo, 27 de fevereiro de 2011

Do Pessoa

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia… E, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Pessoa

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Confia

CONFÍA. No pienses más, no busques entender. La mente del ayer jamás entenderá lo nuevo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mother Theresa On God's Mercy and Forgiveness

Poucos "testemunhos" me têm "tocado" como este. Desconhecia quase por completo a Madre Teresa, nunca a tinha "sentido" antes. Chega de palavras, o melhor mesmo é isso, "sentir".



Loving Father

Is a loving Father for us all

And always ready to forgive, to forget

He’s always there

We don’t have to go far to look for Him, He’s right inside the heart, loving us, calling us, protecting us, and tenderness, and love

We need lots of love to forgive, and we need lots of humility to forget

‘Cause there is not complete forgiveness unless we forget also

As long as we cannot forget, we really have not forgiven fully. And this is how we heart each other, we bring the yesterday also and we keep on repeating, that means we have not forgotten.

We need humility to forget.

And that’s why it’s very important to learn humility, and that’s one of the beautiful things that Jesus as asked us, “learn of me because I’m meek and humble of heart”

(...)

And so both meekness and humility, meekness, or love, or compassion, or whatever you may want to call it, comprise that forgiveness

Because before we forgive somebody we must realize that we need forgiveness. And that’s where humility of heart comes

And forgiveness is the greatest presence of peace.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Caverna, José Saramago (Frases escolhidas)

Dizer que adorei o Memorial do Convento será pouco. Senti-me ferido com a raiva que me pareceu estar por detrás do Ensaio Sobre a Cegueira. Mas por "insistência" de uma doce amiga, voltei a Saramago, mais precisamente ao A Caverna. Deixo aqui fragmentos de uma espiritualidade cujo significado mais profundo, quem sabe, José Saramago só deverá ter realmente entendido ao desencarnar.


Quanto ao oleiro, esse leva vividos anos mais do que suficientes para saber que a melhor maneira de fazer morrer uma rosa é abri-la à força quando ainda não passa de uma pequena promessa em botão.

A porta da cozinha estava aberta, a mulher vinha aí, aproximava-se cada vez mais, ia aparecer, se este novo encontro não é feito de um acaso fortuito, de uma mera e casual coincidência, se estava previsto e registado no livro dos destinos, nem mesmo um terramoto lhe poderá impedir o caminho.

É uma estupidez deixar perder o presente só pelo medo de não vir a ganhar o futuro (...)

Se te espetam uma faca na barriga, ao menos que tenham a decência moral de te mostrarem uma cara que se conforme com a acção assassina, uma cara que ressumbre ódio e ferocidade, uma cara de furor demente, até mesmo de frieza humana, mas, por amor de Deus, que não te sorriam enquanto te estiverem a rasgar as tripas, que não te desprezem ao ponto extremo, que não dêem esperanças falsas, dizendo por exemplo, Não se preocupe, isto não é nada, com meia dúzia de pontos ficará fino como antes (…)

A Isaura, disse Cipriano Algor, é de opinião de que nos deveríamos deixar levar pela corrente do que acontece, que sempre chega um momento em que percebemos que o rio está a nosso favor (...)