Ciência Contemplativa

“Ciência Contemplativa” é uma expressão que terá surgido no início do Novo Milénio, para designação (pretensamente) secular do Budismo, por parte de académicos que se debruçaram sobre o seu estudo, concretamente B. Allan Wallace. Depois disso começou a ser progressivamente adoptada para se referir a qualquer corpo de teoria e praxis espiritual, à revelia do seu enroupamento cultural. Ou seja, neste caso tanto Yoga como Sufismo, Mística Cristã como Cabala Judaica, serão Ciências Contemplativas porque terão, em comum, um conjunto de saberes e práticas contemplativas, ou espirituais, conforme se as queira denominar.

O objecto de estudo da Ciência Contemplativa passa pela transcendência da condição humana usual, isto é: tentar passar de um estado de vivência que tem como locus a crença total nas narrativas do ego (portanto, identificação com pensamentos e emoções), para outro estado de existência cujo locus está na interdependência entre seres e matéria. Utilizando outra terminologia, crescentemente comum, implica usar de um corpo de técnicas que permitam ao sujeito passar de um estado ego-afulinado para outro eco-alargado.

A metodologia principal de qualquer Ciência Contemplativa, em princípio, assentará no treino da atenção focada, que pode ser alicerçado num estudo reflexivo (ou não) de alguma Metafísica subjacente. Tal treino da atenção levará a um refinamento da atitude meditativa da pessoa, mediante inúmeras práticas como a oração, a visualização, respiração-condicionada, entre outras.

Em suma, a Ciência Contemplativa irá além da Psicologia e da Filosofia, no seu objecto e prática, na medida em que as integra no seu corpus. A procura e implementação de um tronco-com às Ciências Contemplativas, representará um objectivo, não só nobre como fundamental, pela importância de se chegar a uma linguagem transcultural, inter-religiosa, de espiritualidade holística e genérica, portanto, assente em pressupostos como tolerância e conscienciosidade.

Joel Machado


AW


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História ou “estórias” do Yoga?

Os Períodos da História do Yoga

Yoga no Mahābhārata

Yoga nos Purāṇa-s

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A Origem Védica do Mantra (Andre Padoux)

A Mestiçagem Cultural e Soteriológica na Génese do Haṭha Clássico

A Herança Tântrica na Tradição Textual do Haṭha Clássico

Haṭha Clássico e Tradição Textual

A Tradição Textual no Haṭha: Gheraṇḍasaṃhitā

A Tradição Textual no Haṭha: Śivasaṃhitā

Haṭhapradīpikā: O Texto do Haṭha Clássico

Princípios e Práticas do Haṭha Clássico: Da “Força” e Do “Poder”

Haṭha: Posturas Físicas (Āsana)

Haṭha: Técnicas de Purificação (Kriyā-s)

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Da Saturnália ao Natal, uma antiga Celebração ao Sol

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Yoga: Psicologia ou Soteriologia?

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Ciência Contemplativa

Violência no Yoga: seitas, escolas, estilos e professores

Narcisismo, Sociopatia e Psicopatia no Yoga

Yoga: prática holística e contínua

Xamanismo, posturas extáticas e yogāsana

Yogāsana e o uso de Suportes

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Yoga Contemplativo versus yoga entretenimento

O “Método Iyengar” e a polémica das ancas lesionadas

Āsana, a morfina do infeliz ou a vitamina do ego?

Yoga e Meditação aumentam o egocentrismo?

Āsana e o Moderno Yoga Postural


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Nāth ou Kānphaṭā Yogī-s?

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Flexões Sentadas - Média Intensidade

Torções Sentadas - Média Intensidade

Pernas e Abdómen - Elevada Intensidade

Pernas e Abdómen - Média Intensidade

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Anca e Abertura Pélvica - Elevada Intensidade

Anca e Abertura Pélvica - Média Intensidade

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Sequência Restaurativa I - Baixa Intensidade

Sequência Restaurativa II - Baixa Intensidade


Prāṇāyāma ou Modulação da Respiração

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